13 de dezembro de 2015

jogo vira

Muitas coisas voam além do tempo;
Amores, amarras, amigos;
prisões desfeitas de concreto;
onde o vento passa cantando;
as próximas jogadas do tabuleiro.

8 de julho de 2015

Saboreio-me

Descubro-me,
como o momento do primeiro toque,
em outro corpo quente, eletrizado de desejos;

Cada curva, cada volta,
o cachos tonteiam-me,
mais que a montanha russa;

sinto-me, observo-me,
admiro-me;

Novos tempos,
novas percepções,
novos sabores,

2 de junho de 2015

Lua nova

Período mais criativo que tenho no mês é nesses três últimos dias antes de menstruar.
Meu corpo está transbordando hormônios e tudo que penso me faz filosofar, chorar ou cantar. Sinto mais partes de mim do que poderia sentir, na verdade deveria me sentir "eu mesma" todos os momentos, mas não é bem assim, sou filha, sou mulher, sou estudante... ou só um corpo composto de água e carbono? O que é contraditório a mim.
EU alma, luz, energia que contagia e se conecta, se afeta, se retrai para então poder jorrar tudo em letras não tão aleatórias muito menos realistas.
 Só me sinto quando me procuro e só me entendo quando me sinto e consigo entender, mesmo que só uma misera fração de toda essa cartografia, é que posso redesenhar minhas linhas, tornando-me um contorno de um ideal semi-utópico, porque o reflexo dessa tela nada mais é que a utopia de uma EU entendida, sentida, percebida, compreendida e feliz.

16 de fevereiro de 2015

O ciclo da lua segue o seu percurso,
    enquanto eu, admirada,
    sinto-me em fragmentos,
    como uma peça do quebra-cabeça.
Cada estrela tem lugar na escuridão,
    eu, estrela sem lugar, resisto em brilhar.