24 de abril de 2017

Lopes

Lendo um livro vejo, descrito, loucuras que passam à mente;
violentamente leio o que há dentro de mim;
uma falsa segurança de quem sou, de como reajo.

Algo novo que sei como reagir ?
Para quem estou querendo mentir ?
Traço meu viver para que;
mesmo quando houver luta e euforia,
ou apenas o "dia-a-dia" eu tenha o controle da situação.

Acho que é por isso que gosto da madrugada
a cidade supostamente iluminada e imóvel;
carrega a sombra capaz de tirar minha visão;
forçando minha consciência a entender seus outros sentidos;
situações surgindo como relâmpagos
e eu tendo que me virar;


Certezas de quem sou, do caminho a seguir
sou andarilho dessa noite;
me reviro e sobrevivo a cada beco
em busca do raiar do dia.

21 de abril de 2017

Depois de tanto tempo sem escrever;
é como se tivesse secado algo dentro de mim;
talvez o poder de sentir e descrever;
colorindo e misturando sensações;
na ânsia de tentar entender o porquê
de nascer nesse mundo, de pendurar-me para viver.
É como se vivêssemos pendurados em cipós;
sempre em movimento......
sem entender o balanço da mata. Adiante
Mataram nossas matas, nossas águas e querem nossos ventres;
nos dizem que somos frutos de pecados, capitalizados, sexualizados.
conduzem nossos desejos, nossos planos.
E ninguém vai aparecer no jornal e dizer:
"Prezados telespectadores, nós estamos errando, vamos recomeçar "
Foi dada a largada, ela não volta mais;
eu ainda estou passando de cipó em cipó, tentando escolher, entender, aprender
como é viver em meio a selvageria do sistema.