2 de junho de 2015

Lua nova

Período mais criativo que tenho no mês é nesses três últimos dias antes de menstruar.
Meu corpo está transbordando hormônios e tudo que penso me faz filosofar, chorar ou cantar. Sinto mais partes de mim do que poderia sentir, na verdade deveria me sentir "eu mesma" todos os momentos, mas não é bem assim, sou filha, sou mulher, sou estudante... ou só um corpo composto de água e carbono? O que é contraditório a mim.
EU alma, luz, energia que contagia e se conecta, se afeta, se retrai para então poder jorrar tudo em letras não tão aleatórias muito menos realistas.
 Só me sinto quando me procuro e só me entendo quando me sinto e consigo entender, mesmo que só uma misera fração de toda essa cartografia, é que posso redesenhar minhas linhas, tornando-me um contorno de um ideal semi-utópico, porque o reflexo dessa tela nada mais é que a utopia de uma EU entendida, sentida, percebida, compreendida e feliz.