Um estranho bateu em minha porta,
e não pude evitar de ele adentrar,
foi rapidamente se jogando no sofá,
nem deu papo,
só queria saber de cigarro e bebida,
deixou meu sofá fedido,
um aroma de humano perdido,
de cigarro em cigarro,
uma nuvem densa formara,
dentro da minha casa.
Eu que tão bondosa
que abri a porta
me via agora impregnada.
O barbudo morrinhento
não tava nem ai,
e logo na minha cama quis se deitar.
Foi passando a mão nas fotos
entristecendo tudo o que tocava
e eu mal pensava,
como esse homem parou aqui dentro
da minha casa,
do meu peito.
Ofereci banho e roupas claras,
um chá e uma oração,
ele queria sugar tudo, pegar a comida do fogão
se quer sentou para comer,
foi espalhando sujeira, esmigalhando emoções.
Quando percebi a casa toda suja,
meu olhos repletos de ódio e dor
tratei logo de expulsar,
aquele mesmo que
sem querer deixei entrar
Sai daqui,
vai pra lá baixo astral.
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