4 de novembro de 2018

Viajem iniciada
o ciclista com o cigarro da boca
soou premonição.

O apocalipse previsto
entrou em ação

mesmo quando o transporte é 4,30 R$
Eu, mantendo a mente lúcida
no degrau da escada
toda amassada,
meio suicida

As palavras mal escritas
com o chacoalho do ônibus
é vivência lírica
puro fato
e nem  esse bando de pato
tira meu sorriso largo
ele é minha arma
minha armadura.

Eu sendo cabeça dura
cheia de travessuras , sigo em busca de liberdade
Jango Livre, sem maldade
  O que escorre de minhas veias é lava, lodo
ancestralidade
é sanha, sonho, sagacidade

Situação normais da contemporaneidade
duas horas de transito criativo
toda empoleirada,
mó role  atravessar essa cidade.

Entre nuvens e freadas bruscas
pela filosofia a mente busca
o que ofusca
nosso povo de bilhar
de cessar o humilhar
que nossas mães passam
e transcrevem no abraço

Podem até apagar nossos físicos traços
mas a chama que me nutre, magia negra
escura,
quanto mais se apaga, mais se propaga.

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