27 de maio de 2017

A mina do busão da meia noite passada

Meia noite passada,
uma parada de ônibus a meia luz,
Ao fundo a imagem do ônibus se aproxima
é quase um sinal dos deuses....

Mas repare bem,
todos homens, encapuzados,
muitos cansados, alguns drogados
E outros até assustados.

Um cobrador parceiro e um motorista prudente.
Afinal o que há de tão estranho ?

Passada da meia noite, eu no fundo do ônibus,
como faço sempre,
mas repare bem....

Você é única, sozinha, a merce de um possível complô;
o acordo entre todos, todos menos eu
A única mulher do ônibus que passa após os sinos tocarem.

Depois da abóbora voltar, do sapato cair, lá estou eu.
A princesa solitária que mandou o príncipe a merda,
e decidiu voltar sozinha pra casa,
depois do sino dar o toque de recolher.

Dane-se o sino, os capuzes, os olhos curiosos,
Eu sou a mina do busão,
com um guarda-chuva numa mão,
a soqueira na outra e
dois olhos fuzilantes.
Nem tente me amedrontar,
pois posso fazer você chorar

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